segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Alinhando os desejos de consumo...


É batata: qualquer manual sobre finanças traz um capítulo com o título: Como organizar o orçamento após o casamento. Consultores são categóricos em afirmar que esse é um dos obstáculos mais difíceis que os casais precisam superar para terem um relacionamento feliz e duradouro. Estudos comprovam: a maioria dos divórcios acontecem por motivos relacionados – direta ou indiretamente – ao dinheiro.


Para muitos, realmente não é uma tarefa fácil. Afinal, cada um de nós cria em si uma relação particular com o dinheiro, e ter que mudar essa visão, e incorporar alguns princípios defendidos pelo parceiro, é uma tarefa que exige dedicação, paciência e, acima de tudo, muita vontade.

Marcelo e eu nunca tivemos muitos problemas com isso. Muitos casais – alguns conhecidos inclusive – vivem a dúvida: conta conjunta ou separada? Quem paga o que? Se eu ganho mais e minha mulher menos, eu pago tudo?

Com a gente, desde o primeiro momento não houve muita dúvida. A conta conjunta veio antes mesmo do casamento. E funciona assim: quando os salários caem nas contas junta-se tudo (vocês sabiam que o salário não pode cair na conta conjunta? Tem que ser uma conta onde vc é o titular), e esse tudo paga as contas, as compras, os passeios, as viagens e tudo mais para que se precise de dinheiro. Portanto é bem tranqüilo, não importa quem ganha quanto, é nosso dinheiro, para nossas coisas, e assim dá certo.


Obviamente, os desejos de consumo dos dois são diferentes, e é nesse momento que entra o jogo de cintura do casal, o ceder de vez em quando, e o defender o seu quando é preciso.



No meu convite de casamento havia a frase: Amar é encontrar na felicidade do outro, a própria felicidade. Acredito 100% nisso, e acho que esse é nosso maior problema: as brigas acontecem porque eu abro mão do que quero, para termos o que ele prefere (afinal quero vê-lo feliz) e ele faz a mesma coisa (afinal, e graças a Deus) ele também quer me ver feliz.



Isso é o máximo, mas às vezes é um saco. Sabe quanto tempo demoramos para escolher o que queremos comer? Fico eu: vamos no japonês, vc gosta tanto...E ele: mas você prefere massa, vamos naquela cantina? Ah não, vamos no japonês, sei que vc quer....mas você quer aquele macarrão que eu sei....A discussão acaba na praça de alimentação do shopping, 2 horas depois, cada um comendo o que prefere, quando nossa fome já está bombando...


E é isso que acontece quando queremos comprar algo...coisas mais caras, obviamente. Embora se quero um sapato, questiono se ele não está precisando mais do que eu...enfim!


Obviamente não somos iguais em tudo e, obviamente também, não desejamos sempre as mesmas coisas. Ele,por exemplo, prefere gastar dinheiro em carros, vídeo-game e action figures. Eu prefiro viajar, comprar roupas e um pouquinho mais de roupas. Então imagina né? Altas conversas até decidirmos o que comprar.

Carro é nossa maior discussão. Sou a básica: preciso de um carro para andar e só. Amo meu Ka vermelho cheio de adesivos de líbelula. Ok, um ar condicionado ia bem, mas de resto, não o troco por nada. Já ele tem verdadeira adoração por alguns modelos...e eu vivo achando absurdo termos o tais carros que ele gosta. E ele fica chateado, claro, tento de toda a maneiro convencê-lo a não mudar de carro, e por eu não vibro por um carro que tem um tide... Mas ele também não vibra ao achar o sapato nude perfeito, não é?


Quanto as viagens, essa era uma paixão minha que passou a ser dele também (mulheres são muito mais convincentes...eu já consegui convencê-lo de que vale a pena gastar alguns milhares de reais em uma boa viagem...ele não me convenceu que vale gastar esses mesmos milhares de reais em um carro). Depois que voltamos de Maragogi, ele tem o mesmo tesão que eu em planejar as viagens, Bariloche e Europa são os próximos desejos de consumo. Mas antes rolou uma pequena briga: ele ficou bravo por eu ter “esquecido” de mencionar que eu havia feito uma outra poupança once colocava dinheiro para pagarmos a viagem à vista.


Enfim, embora seja tudo diferente, tudo dá certo no final. A última grande aquisição foi dele, um XBOX 360 (no qual me divirto muito também) e a próxima será minha...só estou em dúvida sobre o que...a box com todas as temporadas de Gilmore Girls ou um coração de ouro branco para minha correntinha?


Tabata Pitol jura que ficaria feliz com o carro acima, mas adoraria pintar seu Ka de rosa

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Filhos: tê-los ou não tê-los?


Como já escrevi, temos um casal de amigos que está “grávido”. Vocês não imaginam como fiquei feliz por eles. Eles casaram bem perto de nós (duas semanas antes) e sempre quiseram ter filhos.
Já nós...nós não temos certeza de nada. Antes de casarmos o Marcelo até me cobrava: “não vai ser daquelas que casa e depois não quer filhos, porque eu quero filho”. Agora, ele é o primeiro a questionar se realmente queremos.



Fato é que, no fundo, no fundo, acho que sabemos muito bem o que sentimos em relação a isso, mas temos certo receio de admitir. Pelo menos, admitir para o mundo, porque entre nós, conversamos muito sobre isso. Mas é que sempre que falamos sobre isso com alguém – chefes, amigos e o pai dele – somos criticados, e poucos concordam com a idéia de não termos filhos.

Mas não conseguimos nos imaginar com filhos. E quando imagino, a maioria das coisas é negativa: não poder mais dedicar o pouco tempo livre que temos para nós mesmos; nossa rotina vai mudar pois o foco será o bebê. Sem falar no trabalho, na dedicação e na paciência requisitados.



Outro ponto que pega demais: nos damos muito bem. Muito. Adoramos ficar juntos, só os dois. Amamos nossa rotininha. É egoísmo, eu sei, mas não queremos nos dividir.
Para mim há um fator que pesa ainda mais: amo demais o Marcelo e não sei se conseguiria amar mais meu filho do que amo ele. Ok. Pode parecer loucura, mas acontece, e não sei se vejo algo de anormal nisso.



São amores diferentes. Há matérias sobre isso. Não acontece só comigo. No mais, é só olhar o dia a dia das família. Meus pais por exemplo, eles se gostam, se respeitam, mas amor romântico, não existe mais entre eles. Já meus tios, sem filhos, se beijam frequentemente na boca. Aliás, eles viajam mais e tem uma casa mais bonita e moderna.


Confesso que o único momento em que me pego querendo um filho é quando penso: se o Marcelo morrer antes de mim e eu não tiver nenhum pedacinho dele comigo, vou me arrepender...mas isso não é motivo para ter filho, é?


Sei que essa deveria ser uma decisão tomada pela emoção e não pela emoção, e esse é o problema porque, pela emoção, não quero ter filhos. Pelo menos por agora, não! Agora vamos apenas curtir os filhos alheios, e manter nossa gostosa e perfeita rotina!


Tabata Pitol não se imagina esquentando mamadeiras

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Por isso sou mãe de cachorro...


Porque eles nunca nos abandonam: Clique e assita:
http://tvuol.uol.com.br/permalink/?view/id=nao-abandone-seu-animal-de-estimacao-04023868D8A10366/user=a380psmhs0jk/date=2009-08-18&&list/type=tags/tags=727/edFilter=all/


Aproveitando a deixa: A cada view desse vídeo um cachorro órfão ganhará um prato de ração. AJUDE! Campanha da Pedigree http://bit.ly/1jdtVP

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Felizes. Para sempre!


Assim como escrevi no post abaixo, não acredito que somos capazes de amar apenas uma vez e também não acredito que haja apenas uma pessoa no mundo capaz de nos fazer feliz. Ia ser o cúmulo da sorte que a única pessoa no mundo com capacidade para me fazer feliz nasceu no mesmo hospital que eu, estudou na mesma escola e faculdade que eu, escolheu a mesma profissão, trabalhou no mesmo lugar e quando me conheceu morava a menos de 3 minutos da minha casa, não é?

Mas, obviamente, não posso negar que é o mega, hiper, ultra cúmulo da sorte que o cara mais capaz de me fazer feliz – sim, porque até acredito que outros poderiam me fazer feliz, mas também tenho total certeza que nenhum seria tão capaz e perfeito como ele - tenha nascido no mesmo hospital que eu, estudado na mesma escola e faculdade que eu, escolhido a mesma profissão, trabalhado no mesmo lugar e quando me conheceu morava a menos de 3 minutos da minha casa, não é?

Fato é que sou extremamente feliz e sortuda por termos nos conhecido, nos apaixonado e ficado juntos. Mas quem conhece nossa história sabe que não foi fácil – principalmente para mim – chegarmos nesse “felizes para sempre”, e é por isso que, para mim, todo cuidado é pouco.
Sempre tive medo de assustá-lo ou pressioná-lo.

Queria que ele ficasse comigo porque queria isso, não porque pressionei. E também, eu sempre o amei tanto, que não precisava de nada mais do que ter ele ali do meu lado. E não fiz nada para pressioná-lo nesse sentido: não fui eu quem falou em namoro, não falei em aliança de compromisso e nem em casamento. Queria, mas não dizia. Foi ele quem me pediu em casamento. Por telefone. Mas foi ele.

E tem uma coisa que sempre achei o máximo: casais tão certos de que ficariam juntos para sempre, que fazem tatuagens juntos. Sandy e Lucas Lima fizeram. Brad Pitt e Angelina Jolie também. E o mais fofo é o casal Beckham. Ok, não gosto dela. Mas é lindo a série de coisas que ele tem para ela (nome, frases e até seu rosto) e que
ela tem para ele (a data do primeiro beijo, da primeira transa, as iniciais e uma jura de amor).

Mas tem que ser sincero. Nada dos “Bs” tatuados por
Daniele Winits e Joana Balaguer, em homenagem ao “namorado” Bruno Gagliasso na primeira semana de namoro. Três semana depois, as duas cobriram a tatoo.

Enfim, acho que Marcelo e eu chegamos nesse momento. Já são 2 anos de casamento + 2 anos de namoro + 1 ano de amizade intensa e ele (as decisões e sugestões importantes são sempre dele) sugeriu que fizéssemos algo nosso. Um pequeno símbolo, em lugares pouco visíveis. Nunca fomos de alardes. De colocar mil depoimentos no orkut. Eu sou a mais aparecida do casal, principalmente com fotos. Ele sempre muito, muito, muito, discreto. Não fazemos as coisas para mostrar. Fazemos por nós.

Ainda não marcamos a data da tatoo, mas ela virá. Em breve. Acho o máximo essa certeza dele de querer me marcar na pele dele. Também tenho essa certeza. Mas saber o que eu penso é fácil, mas acredite em mim, se o outro não quiser, jamais saberemos o que ele está pensando. Conheço cada história (assunto para outro post, né?).

Sei também que deve ter muita gente que me odeia. Que deve pensar: até parece que eles são esse casalzinho tão perfeito. Ela deve mentir. Juro que não. Graças a Deus, nosso amor é realmente lindo, sublime e perfeito. E logo, logo teremos mais um símbolo disso...
Aguardem fotos, hehehehe




Ai, ai...ansiosa e com medo de sentir dor

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Chegadas e despedidas



Na semana passada, mais precisamente no dia 07 de agosto, tivemos uma grande perda na família: a Kika, cachorrinha da minha mãe, que por 14 anos foi minha também (até eu casar e ter o meu próprio dog) morreu com problema nos rins e nos pâncreas, mas no fundo, foi de velhice mesmo. Afinal, 16 anos, são muitos anos para um dashund, o popular, salsichinha.



Obviamente, foi o maior chororô. Lá em casa, cachorros nunca foram tratados como cachorros. São membros da família, e assim, recebem a mesma atenção, cuidado, carinho e amor que temos uns com os outros. Minha mãe, de olhos fechados, gastou mais de R$ 1.500 para tentar mantê-la viva e para amenizar as dores que ela sentia. Na noite em que ela morreu, minha mãe e meu irmão ficaram a madrugada inteira ao lado dela, até que ela se foi. Segundo relatos da minha mãe, meu irmão teve que tomar calmante tarja preta para parar de chorar e conseguir trabalhar.


Eu chorei quietinha na minha casa, ao lado do Théo Antônio. E depois chorei dirigindo meu carro. Ela foi enterrada lá na horta da casa dos meus pais. Mas eu não quis ir ver. Quando soube que ela não duraria mais dois dias, comecei a pensar em todos os momentos que estivemos juntas.




Quando fomos comprá-la, ela era pequininha e a mais gordinha das irmãs. Quando chegamos em casa, descobrimos que toda aquela “fofura” era por causa de 14 enormes lombrigas que estavam dentro dela. Sim, esticadas, cada uma delas era maior que ela. Foram semanas levando-a de taxi, duas vezes ao dia, no veterinário para tomar glicose na veia. O veterinário tinha sérias dúvidas se ela sobreviveria. Sobreviveu, e foi uma das mais doces cachorras que tivemos: nunca roeu ou destruiu nada e nunca fez suas necessidades onde não devia. Nunca! No fim da vida ela voltou as idas diárias ao veterinário e a glicose na veia. Desta vez não adiantou...


Quando a compramos, eu tinha 13 anos (hoje tenho 29) e ela passou comigo o que considero a fase mais importante de uma pessoa: a adolescência. Porque tudo que importa acontece nessa época: é quando descobrimos o amor por alguém do sexo oposto (no meu caso pelo menos), quando formamos nosso caráter, quando decidimos quem e como queremos ser nessa vida, quando escolhemos nossa profissão..enfim, foi entre os 13 e os 25 anos que eu me tornei a pessoa que sou hoje, e ela esteve lá.


Me viu chorar deitada no chão do banheiro de madrugada quando tive uma grande decepção amorosa; me viu entrar em casa feliz após o primeiro beijo, me viu sair de beca para a formatura da 8a série, e de vestido preto para a formatura do colegial. Me viu conseguir o primeiro, o segundo, o terceiro e todos os empregos que tive até hoje. Me viu começar e terminar namoros. Presenciou as brigas com meu pai e a conquista – bem aos poucos – da minha liberdade. Me viu comemorar 15 aniversários com churrascos memoráveis (e pegou fogo em um deles, mas nada sofreu) e me viu sair de casa no dia do meu casamento, para voltar apenas esporadicamente durante a semana. Em minha última visita dei peito de frango na boca dela...ela já não comia com a voracidade de quando era filhote. Nem os chocolates – que como disse a Isabella – ela adorava tanto, ela comia mais.


Despedidas feitas, eis que minha mãe traz para casa uma trequinha de 15 cm chamada Lolly. É uma filhote fofa de yorkshire, sapeca, espoleta, que veio trazer alegria, onde havia tristeza.


E isso me faz pensar no ir e vir, nas chegas e partidas, nos encontros e nas despedidas. Amamos a Kika o máximo que pudemos, e já estamos amando a Lolly com muito carinho. Muitos me perguntaram: sua mãe vai querer outra cachorra?; já está com outtra?; mas já a substituiu?



Como assim substituiu? Pessoas e animais que amamos são insubstituíveis. Mas sempre achei que, graças a Deus, temos a capacidade de amar mais de uma vez na vida.


Amei meus namorados anteriores – embora de forma bem diferente do que amo o Marcelo – amo meus pais e amo meus sogros, também de forma diferente, mas amo. Já pensou que ruim seria se só pudéssemos amar uma vez? Ou uma única pessoa?



Substituir é impensável, mas amar de novo é tão bom, traz alegria e energia. É a prova de que estamos vivos. E, na minha opinião, só vale a pena viver se pudermos sempre amar e estar rodeados daqueles que nós amamos.


Adeus Kikinha! Bem vinda Lolly! A vida continua, agora com ainda mais amor em nossos corações!






PS: Essa semana fiquei sabendo que uma amiga que perdeu o avô a menos de um mês, está grávida. É a dança da vida, cheia de chegadas e despedidas!!! Parabéns casal!!!!



Tabata Pitol se emociona ao escrever alguns posts...

 

Casarando Copyright © 2009 Flower Garden is Designed by Ipietoon for Tadpole's Notez Flower Image by Dapino