quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Exorcizando




Estava há pouco fazendo algo que jamais pensei em fazer: revendo as fotos que tirei em aniversários, Natais, festa em família e até no meu casamento em busca de uma imagem para ilustrar o túmulo de uma tia querida que faleceu há uma semana. O mais irônico é que, enquanto ela era enterrada, fiquei olhando as fotos que estavam nos outros túmulos me questionando em que situações elas haviam sido tiradas.


A morte dessa minha tia mexeu comigo de várias maneiras. Assim como mexeu comigo o anuncio repentino de uma amiga - também muito querida - de que, após 9 anos de união com o cara que há 5 era seu marido, eles estavam se separando. Irônia do destino, ela saiu de casa exatamente no dia em que minha tia faleceu, e voltando para a casa da mãe, com o carro lotado de roupas, máquinas e frustrações, foi ela quem me deu carona para o velório.

Essas duas situações me fizeram pensar em como as coisas mudam de uma hora para outra e o quanto aquela frase clichê - viva cada dia como se fosse o último - faz todo o sentido do mundo. Ok, minha tia estava doente há algumas semanas, mas foram muito poucas para termos digerido que a vida agora continuaria sem ela. Assim como minha amiga, que em plena segunda-feira tinha a segurança de um lar, um marido e filhas peludas, e na terça de manhã, apenas as filhas peludas estavam por perto (mais um motivo para eu preferir cachorro a alguns seres humanos, anyway).

Ainda estou muito tocada com esses acontecimentos. Nos últimos dias tenho me pegado diante de dilemas que podem parecer idiotas, mas me são muito doídos: tiro o nome dessa minha tia da agenda do meu celular? E a foto do casório desfeito, e do qual fui madrinha, deve sair do meu mural do escritório com imagens de momentos marcantes?

Este texto aí de cima foi escrito por mim há mais de um mês...realmente foram coisas que mexeram (e ainda mexem) comigo e que me fizeram dar uma travada geral...não conseguia terminar ele, não conseguia publicar nele e desde que tudo isso aconteceu (há quase dois meses) nem entrar no meu blog eu conseguia...acho que porque felicidade não estava combinando muito comigo. Mas agora resolvi superar essa fase. Esse post é para exorcizar as emoções negativas e tocar em frente. Então, prometo, que a partir da semana que vem teremos post semanais sobre as desventuras da vida de recém casada....

Ah e queria muito agradecer as meninas Fernanda M., Janine Lyrio, Jê e ♫Pri que começaram a seguir meu blog nesse momento difícil da minha vida e ficaram com um blog sem atualizações...desculpa meninas!!! Beijos e até a próxima semana!!! :o) 

5 comentários:

Priscilla Castro on 12 de agosto de 2010 às 13:19 disse...

Oi querida, obrigada pelo comentário lá no meu blog.Adorei sua visitinha!!

E sim, esses medos e anseios fazem parte da vida de todos nós. São questões que mais dia menos dia irão aparecer!
E fique tranquila isso não é coisa de gente surtada, é coisa de ser humano!

Temos mesmo e de ter esse "ritual de passagem" para podermos começar uma nova fase.
Também há dias que me sinto assim,é necessário se recolher e pensar na tal vida, mas o bom mesmo é saber que um dia eles passam!
Beijos!!

Rita Santander on 12 de agosto de 2010 às 13:23 disse...

Eu aprendi, amiga, que a gente precisa viver a tristeza, mas uma hora ela precisa acabar. Seja buscando novidades, se enfiando no trabalho, comendo ou exorcisando como você fez, senão ela consome a gente e ao invés de vivê-la, passamos a nos alimentar dela e isso não nos fará bem.

Pense em tudo lindo que vc tem na vida (o marido, os dogs, o trabalho, os amigos, a família) e lembre que algumas coisas, embora nos deixem cabisbaixas, fazem parte do nosso crescimento.

E assim sempre será!

Adorei vc ter retomado os textos =)

Beijos!

Giovanna Rodrigues on 17 de agosto de 2010 às 11:17 disse...

Ai meu Deus, depois de meses sem entrar no seu blog me deparo com esse post :(

Mas força amiga, infelizmente a vida é feita de perdas também...

A amiga é a Rita? :(

Beijos e muuuuuuita saudade

Unknown on 25 de agosto de 2010 às 17:24 disse...

Tabata fazia tempo q eu não entrava aqui e me identifiquei muito com o texto. Depois do que aconteceu com a minha mãe tb penso na mesma frase que vc: viva o dia de hj como se fosse o último.
Aliás, vc disse hj p/ sua mãe q a ama? =)
Algumas coisas acontecem p/ mexer com a gente mesmo, na marra.

Espero que vc já esteja bem.

Beijossssss

Cíntia A. S. Sevaux on 6 de setembro de 2010 às 18:07 disse...

Oi Tabata!!fico feliz que tenha voltado.... para evoluir é preciso superar e seguir em frente, porém esse processo as vezes é um tanto complexo, né?!
nesse tempo eu já estou a pouco mais de um mês na vida de casada, morando juntos, com a minha labradora Mel ,casamos sábado passado no civil... eu me identifico muito com suas histórias,agora vou continuar acompanhando toda semana... bjinhos!!

 

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