quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Chá de fígado



Marcelo é um marido incrível. Quem lê esse blog já está cansado de me ouvir repetir isso, mas é verdade! Fato é que, por achar ele tão incrível, eu muitas vezes esqueço que homens são diferentres das mulheres e que com eles tudo precisa ser muito bem explicadinho. Eu mesma já tinha sido vítima de um pedido não muito bem explicado (como vocês podem reler AQUI), mas tinha sido algo mais light.  Acho que dessa vez, depois do que aconteceu, eu não esqueça mais de explicar as coisas :o(

Semana passada fiquei doente. Compramos uma televisão nova e quando fomos instalá-la quis aproveitar para limpar atrás do rack, lugar que sei que a moça que limpa nossa casa tem dificuldade de chegar. Mas eu tenho uma renite alérgica crônica. E sou alérgica a tudo e qualquer coisa a que uma pessoa pode ser alérgica. Portanto, 5 minutos após vestir a fantasia de Amélia, já tava espirrando feito uma doida. Passaram mais 30 minutos e nada mais passava pela minha garganta que travou e ficou doendo muito. Resultado, dias de muita, muita, muita dor de garganta, tomado apenas chá fervendo.

E Marcelo, solicito, se ofereceu para fazer o chá. Ele já tinha feito algumas vez e, por mais que pareça uma coisa bem simples de se fazer (e realmente o é), ele quase nunca acertava. Um dia ficava muito frio, no outro sem açúcar. Mas dessa vez ele me trouxe um chá quente e adoçado na medida. Eu não estava sentindo muito bem o gosto das coisas. Mas dava para perceber que não estava ruim. Tomei e fiquei muito agradecida. Até comovida pelo esforço para fazer do jeito que me agradava.

Porém, eu não o vi fazer a bebida. E lá em casa, como todos sabem, temos dois cães que adoram comer fígado de galinha cozido junto com a ração. E tem uma caneca que serve APENAS para eu cozinhar esse fígado. Recentemente até comprei outra caneca e quando ele me perguntou: você precisa mesmo de duas canecas?, lembro claramente que respondi: "preciso sim. Aquela que cozinho fígado, por mais que você lave direitinho, fica gosto. Então vou deixar ela só para isso". Ok, nem preciso contar o resto né? Já deu para perceber que quando fui até a cozinha levar a xíacara do chá, qual caneca estava em cima do fogão??

Ai que nojooooooooooooo...eu sei que não senti o gosto, mas comecei a ter muita, muita, muita ânsia. E quem me conhece sabe que, quando tenho ânsia, eu choro. Muito. Ou seja, o que se sucedeu foi uma hora quase inteira de ânsia e choro (da minha parte) e ele com a maior cara de "só queria ajudar" do mundo. Tadinho. Lembro que eu ainda estava chorando e ele me disse: logo vamos rir disso. Ele tinha razão! Só se passaram 8 dias e já estou rindo sozinha de como sou idiota. Mas pelo menos agora aprendi uma lição: explicar tudo direitinho, nos seus míííííínimos detalhes!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Exorcizando




Estava há pouco fazendo algo que jamais pensei em fazer: revendo as fotos que tirei em aniversários, Natais, festa em família e até no meu casamento em busca de uma imagem para ilustrar o túmulo de uma tia querida que faleceu há uma semana. O mais irônico é que, enquanto ela era enterrada, fiquei olhando as fotos que estavam nos outros túmulos me questionando em que situações elas haviam sido tiradas.


A morte dessa minha tia mexeu comigo de várias maneiras. Assim como mexeu comigo o anuncio repentino de uma amiga - também muito querida - de que, após 9 anos de união com o cara que há 5 era seu marido, eles estavam se separando. Irônia do destino, ela saiu de casa exatamente no dia em que minha tia faleceu, e voltando para a casa da mãe, com o carro lotado de roupas, máquinas e frustrações, foi ela quem me deu carona para o velório.

Essas duas situações me fizeram pensar em como as coisas mudam de uma hora para outra e o quanto aquela frase clichê - viva cada dia como se fosse o último - faz todo o sentido do mundo. Ok, minha tia estava doente há algumas semanas, mas foram muito poucas para termos digerido que a vida agora continuaria sem ela. Assim como minha amiga, que em plena segunda-feira tinha a segurança de um lar, um marido e filhas peludas, e na terça de manhã, apenas as filhas peludas estavam por perto (mais um motivo para eu preferir cachorro a alguns seres humanos, anyway).

Ainda estou muito tocada com esses acontecimentos. Nos últimos dias tenho me pegado diante de dilemas que podem parecer idiotas, mas me são muito doídos: tiro o nome dessa minha tia da agenda do meu celular? E a foto do casório desfeito, e do qual fui madrinha, deve sair do meu mural do escritório com imagens de momentos marcantes?

Este texto aí de cima foi escrito por mim há mais de um mês...realmente foram coisas que mexeram (e ainda mexem) comigo e que me fizeram dar uma travada geral...não conseguia terminar ele, não conseguia publicar nele e desde que tudo isso aconteceu (há quase dois meses) nem entrar no meu blog eu conseguia...acho que porque felicidade não estava combinando muito comigo. Mas agora resolvi superar essa fase. Esse post é para exorcizar as emoções negativas e tocar em frente. Então, prometo, que a partir da semana que vem teremos post semanais sobre as desventuras da vida de recém casada....

Ah e queria muito agradecer as meninas Fernanda M., Janine Lyrio, Jê e ♫Pri que começaram a seguir meu blog nesse momento difícil da minha vida e ficaram com um blog sem atualizações...desculpa meninas!!! Beijos e até a próxima semana!!! :o) 
 

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