Ray Gosling, de 70 anos, contou aos telespectadores do programa Inside Out que tinha um pacto com seu antigo parceiro de pôr fim à vida dele caso a dor da doença se tornasse insuportável e não houvesse mais esperança de tratamento. O apresentador disse que o momento chegou quando médicos comunicaram que não havia mais opções para reverter a doença.E afirmou ainda não ter remorso e ter certeza de que fez o certo. Por fim, Gosling declarou: "quando você ama alguém, é difícil vê-lo sofrer".
Ele não foi o primeiro a fazer isso. Há centenas de relatos de pais e mães que tentam matar seus filhos vítimas de sofrimentos imensos; assim como maridos e mulheres que passam pela mesma coisa; e até mesmo filhos que tomam essa decisão para sanar o sofrimento de seus pais.
E notícias como essa me deixam totalmente sem conseguir emitir uma opinião. Desde ontem estou pensando nesse caso e, sinceramente, não sei afirmar o quer eu faria. Sei que faria qualquer coisa pelo Marcelo, mas será que eu teria coragem de tirar a vida dele caso ele me pedisse? Sinceramente, acho que não.
Já vivi situações em que disse: seria capaz de matar aquela pessoa. A mais forte experiência nesse sentido foi quando o namorado da minha tia foi assaltado e minha priminha estava junto com ele no carro. Eles tinham ido ao Mc e, enquanto ele entrava no banco do motorista, após colocá-la no banco de trás do carro, uma menina entrou pela outra porta e colocou uma faca na barriga dela, ameaçando matá-la caso ele não fosse ao caixa eletrônico tirar dinheiro. Acho que ela tinha 4 ou 5 anos quando isso aconteceu, e eu fiquei desesperada. Várias vezes me questionei o que poderia ter feito caso a garota tivesse feito algo com a minha pequena. É um sentimento irracional que me faz acreditar que pessoas como os pais do pequeno Ives Yoshiaki Ota que, cara a cara com os assassinos de seu filho conseguiram perdoá-los, são seres superiores.
Mas voltando aos crimes "por amor". Não acho que o amor mate. E não acredito em crimes por amor. Não venha me falar que o Pimenta Neves matou a Sandra Gomide por amor, porque não foi. Lindenberg Alves também não matou a Eloá Pimentel porque amava ela demais. Não, não e não. Mataram porque foram egoístas, possessivos e, acima de tudo, egocentricos. Pensaram neles, em como eles se sentiriam sem elas e por isso cometeram os crimes. Não as amavam. Na minha opinião, amavam a si próprios e não queriam se ver sofrendo. (Ai como tenho vontade de fazer psicologia!)
Para mim, amor não mata. Quando você realmente ama alguém, quer vê-la feliz e ponto. E se para ela, a felicidade não é estar perto de você, você se conforma. Tive um namorado que quando terminei com ele, me disse isso. E ele estava mais do que certo. Quantas vezes tive que passar por situações que não me agradavam nem um pouco, mas com a certeza de que o Marcelo estava feliz, eu ficava tranquila?
Agora e se a felicidade da pessoa que você ama estiver na morte dela? E se ela te disser isso, o que fazer? Sinceramente admiro a coragem do Sr. Gosling e admiro ainda mais sua capacidade de cumprir o prometido ao seu parceiro. Tenho quase certeza absoluta que eu não conseguiria. E sei que é uma percepção totalmente egoísta, afinal, seja como for, eu preferiria muito ampliar a permanência dele ao meu lado.
Certa vez, li um texto sobre pessoas que deixavam de amar seus parceiros depois que eles passavam por um grave acidente. O texto defendia que essas pessoas tinham sim o direito de agir assim, afinal o pacote pelo qual elas haviam se apaixonado - e isso envolve beleza física, caráter e valores - de alguma forma mudava, e era um absurdo as demais pessoas acusar essas de insensíveis. Não estou aqui para julgar e até concordo com o argumento. Mas acho que se eu passasse por isso, ficaria ao lado dele. Aliás, independentemente do que acontecesse, se ele continuasse o cara que ele é, digno, de caráter incontestável, que me ama e cuida de mim como ninguém, certeza que eu estaria lá. E mesmo se ele se tornasse grosso e amargurado, tentaria de todo modo entendê-lo e ficar ao lado dele. Não teve padre pedindo para eu prometer, mas no meu coração, sempre será na alegria e na tristeza, na saúde e na doença.
Isso tudo me lembra uma foto que saiu uma vez na Veja, de uma garota que casaria com seu namorado, o príncipe de um país, que após ir para a guerra voltou todo deformado (juro, ele parecia o Slot dos Goonies) e ela afirmou que ainda o amava e queria viver ao lado dele. Infelizmente passeio horas procurando na net e não achei a foto deles junto a família real, que é realmente impressionante. Tanto essa garota, quanto o Sr. Gosling ganharam minha admiração...mas se eu fosse ele, não saberia o que fazer....e você, o que faria?
Abaixo o vídeo dele confessando o assassinato:
Mas voltando aos crimes "por amor". Não acho que o amor mate. E não acredito em crimes por amor. Não venha me falar que o Pimenta Neves matou a Sandra Gomide por amor, porque não foi. Lindenberg Alves também não matou a Eloá Pimentel porque amava ela demais. Não, não e não. Mataram porque foram egoístas, possessivos e, acima de tudo, egocentricos. Pensaram neles, em como eles se sentiriam sem elas e por isso cometeram os crimes. Não as amavam. Na minha opinião, amavam a si próprios e não queriam se ver sofrendo. (Ai como tenho vontade de fazer psicologia!)
Para mim, amor não mata. Quando você realmente ama alguém, quer vê-la feliz e ponto. E se para ela, a felicidade não é estar perto de você, você se conforma. Tive um namorado que quando terminei com ele, me disse isso. E ele estava mais do que certo. Quantas vezes tive que passar por situações que não me agradavam nem um pouco, mas com a certeza de que o Marcelo estava feliz, eu ficava tranquila?
Agora e se a felicidade da pessoa que você ama estiver na morte dela? E se ela te disser isso, o que fazer? Sinceramente admiro a coragem do Sr. Gosling e admiro ainda mais sua capacidade de cumprir o prometido ao seu parceiro. Tenho quase certeza absoluta que eu não conseguiria. E sei que é uma percepção totalmente egoísta, afinal, seja como for, eu preferiria muito ampliar a permanência dele ao meu lado.
Certa vez, li um texto sobre pessoas que deixavam de amar seus parceiros depois que eles passavam por um grave acidente. O texto defendia que essas pessoas tinham sim o direito de agir assim, afinal o pacote pelo qual elas haviam se apaixonado - e isso envolve beleza física, caráter e valores - de alguma forma mudava, e era um absurdo as demais pessoas acusar essas de insensíveis. Não estou aqui para julgar e até concordo com o argumento. Mas acho que se eu passasse por isso, ficaria ao lado dele. Aliás, independentemente do que acontecesse, se ele continuasse o cara que ele é, digno, de caráter incontestável, que me ama e cuida de mim como ninguém, certeza que eu estaria lá. E mesmo se ele se tornasse grosso e amargurado, tentaria de todo modo entendê-lo e ficar ao lado dele. Não teve padre pedindo para eu prometer, mas no meu coração, sempre será na alegria e na tristeza, na saúde e na doença.
Isso tudo me lembra uma foto que saiu uma vez na Veja, de uma garota que casaria com seu namorado, o príncipe de um país, que após ir para a guerra voltou todo deformado (juro, ele parecia o Slot dos Goonies) e ela afirmou que ainda o amava e queria viver ao lado dele. Infelizmente passeio horas procurando na net e não achei a foto deles junto a família real, que é realmente impressionante. Tanto essa garota, quanto o Sr. Gosling ganharam minha admiração...mas se eu fosse ele, não saberia o que fazer....e você, o que faria?
Abaixo o vídeo dele confessando o assassinato:
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