terça-feira, 22 de março de 2011

Maria e eu



A meu ver, esse ainda é um BBB sem vencedores. Estamos na última semana do programa e ninguém ainda tem certeza sobre quem vai ganhar. Nos outros, no meio do programa, já dava quase para ter essa certeza. Eu espero que ganhe o Daniel, ele tem um asilo que montou sozinho para cuidar de trocentos idosos, sem muito apoio financeiro. Por causa disso, acho que ele merece.

Mas não é sobre isso que vim falar. Afinal não sou consultora para assuntos de BBB (juro que tem uma pessoa com esse cargo - e provavelmente com salário - no programa da Sônia Abrãao). Vim aqui falar sobre a Maria e eu.

Recentemente Marcelo e eu tivemos uma breve discussão por causa dela. Acontece que, depois que o MauMau voltou para a casa (tendo ouvido aqui fora que ela era garota de progrma) ele não quis mais ficar com ela. E ela, a meu ver, ficou realmente apaixonada por ele no programa. Eu via os olhos dela, o jeito como olhava para ele e o admirava. É facílimo saber quando uma mulher está apaixonada. Ele, ao contrário, dizia que não queria mais, mas ficava de gracinha, brincadeirinha, dancinha...e ela achando que conseguiria reconquistá-lo já que ele lhe dava atenção e ela não sabia o que ele havia ficado sabendo enquanto estava aqui fora.

Pois bem, quanto mais o tempo passava, mais ela se jogava, se humilhava, se declarava, ao ponto de, em determinado momento, na frente de um monte de gente, erguer a saia, rebolar para ele, abaixar a saia, tirar a calcinha e envolver no pescoço dele. Para o garoto que estava na frente de uma garota de programa e não gostava nenhum pouco disso (embora na minha opinião ele também gostava dela e se não fosse o fato de não conseguir digerir essa notícia estaria com ela) aquilo foi o fim. E ele começou a ser estúpido com ela, chegando a declarar para outras pessoas da casa: ela não é mulher para casar, é mulher para transar e só.

E isso me indignou. Muito. A discussão com o Marcelo aconteceu exatamente aí, quando eu disse que ele deveria ser homem para chegar nela e dizer: "não quero mais por isso, isso e isso". E não sair falando o que queria para todo mundo, sem falar antes com ela. O mínimo que ela merecia era respeito (vamos lembrar que eles haviam ficado juntos por algumas semanas no início do programa). Pois qual foi a resposta do maridão? "Merece respeito não, ela é puta".

Por mais que soubesse que essa resposta tinha apenas o intuito de me irritar, e não era exatamente o que ele pensava (embora ele ache que ela deveria ter contado para ele antes deles ficarem junto para ele decidir se queria ou não), ela me atingiu. Porque no fundo acho que a Maria estava gostando de verdade do MauMau e não sabia como lidar com isso. (Marcelo diz que eu romantizo demais. Mas eu, por exemplo, sempre achei que a Holly realmente amava o Hugh Hefner, e ele acha que não...enfim).  Uma menina com um corpão, super bonita, que deve ter conseguido conquistar o cara que quis apenas pela estética, se desesperou ao ver que não conseguia fazer o amado olhar para ela. Foi a Diana então que disse a frase que mais mexeu comigo: "ela está se humilhando, pagando maior micão, mas quem de nós nunca fez isso?"

Eu fui a primeira a levantar a mão. Já fiz muitooooooooooo. Já meti o pé pelas mãos milhares de vezes, me joguei, me entreguei, chorei, armei, tirei a roupa....ou seja, tudo que a Maria tentou para ter o MauMau, eu também já tentei. Já tentei cuidar, cozinhar, dar a noite de amor mais incrível do mundo, encher de presentes e não adiantou nada. Se me arrependo? Nem um pouco. Assim como acho que ela não deve se arrepender. Embora, em troca das minhas maluquices, eu sempre tenha recebido respeito e carinho e ela recebeu patadas.

Também entendo a troca repentina do objeto de desejo dela. Já fiz isso. Amando um que não me queria, saia com outros a quem eu não queria tanto assim, mas eu tinha que tentar acabar com aquele amor não correspondido, tinha que tentar me apaixonar por um outro alguém. Todo mundo já fez isso. E é isso que a Maria claramente faz com o Wesley, tanto que, essa semana, disse"agora estou gostando mais de ficar com ele" e "quero ver no vídeo a cara que fiz quando o MauMau voltou". Ela gosta do MauMau, não adianta. E morro de pena de ela não saber lidar com esse sentimento. Porque sei como é doído concluir em seu coração que você vai ter que jogar no lixo, arrancar de você, algo tão puro e bonito que está sentindo por outra pessoa.

Graças a Deus, após as minha INÚMERAS maluquices, eu não tive que jogar o meu amor fora...:o)

sexta-feira, 18 de março de 2011

História de amor tem de ser sofrida?



Esses dias, antes das 6h da manhã (como faço todos os dias), estava eu lavando a lavenderia e forrando ela de jornais para Théo e Lino fazerem suas necessidades, quando dei de cara com o Diarinho, a parte infantil do jornal Diário do Grande ABC, que trazia estampada em sua capa a manchete: "História de amor tem de ser sofrida?".

Aquilo me intrigou. Uma matéria com esse tema em um encarte destinado a crianças de no máximo 12 anos? A matéria era inspirada pelo lançamento do filme Gnomeu & Julieta que, apesar do final feliz, é inspirada em Romeu & Julieta uma história que bem sabemos, não termina lá muito bem.

A matéria não era bem o que eu imaginava (quem quiser pode lê-la AQUI), mas eu tinha acado o máximo alguém querer mostrar para as crianças que amor não precisa ser sofrido. Na minha opinião, amor, amor mesmo, não é sofrido. Eu sofri muito pelo que eu achava ser amor, sofri de ficar deitada no chão em posição fetal chorando a noite toda. Mas não era amor. Era paixão, desejo, tristeza, angustia, inveja saudade. Angustia de não se ter por perto quem se quer; tristeza de se sentir sozinha; inveja de ter uma outra recebendo os abraços, beijos e carinhos que eu queria receber, saudades dos momentos vivenciados e que não seriam repetidos, mas não amor.

Amor é doce. Amor acalma. Amor é feliz. Quando se ama alguém, mesmo que essa pessoa não esteja com você, você a quer feliz. E o sofrimento é por ela não corresponder, por não ficar perto, não por amor. Amor é algo tão bom de sentir, que eu acho que as crianças deveriam saber que histórias de amor não devem ser sofridas.

Vejo no meu facebook, meninas de 30 anos, com frases melancólicas falando que felicidade não existe, que amar é doloros e, na boa, tenho vontade de mandar umas respostas bem mal educadas. Sai dessa vida. Se o "pião" não te trata bem, manda catar coquinho. Se tá doendo, mude sua vida e busque amor verdadeiro. Ser melancólica, pessimista e se fazer de vítima não leva a nada.

Minha dinda recentemente sofreu com o fim do casamento, mas não acho que ela sofreu por amor. Inclusive eu sofri com o casamento dela. Mas sofremos porque quem um dia foi príncipe virou um sapo sem escrúpulos, sem o menor resquício do cavaleirismo, romantismo e respeitos que demonstrou anos atrás.

Claro, uma dificuldadezinha aqui, um sapatinho de cristal que não encaixa ali, são bem vindos. As vezes lembro, até com certa saudades, a vontade que Marcelo e eu tínhamos de ficar juntos, explícita nos olhos, nos passeios pela Paulista, no beijo jamais trocado porque, afinal, ele era noivo, mas não de mim. Sei que até ficar com ele de vez, sofri. Mas não foi por amor. Foi por mil outros motivos. O amor que senti por ele só me fez uma pessoa melhor, mais generosa, mais aberta a não julgar os sentimentos dos outros, mas disposta a tentar fazer com que o próximo seja feliz.

Portanto crianças, amar não é sofrer. Amar é ser feliz. Cresçam acreditando nisso. Porque após os percalços, quando o amor realmente acontece, você vai ser invadido por algo sublime. E o que nos contos de fadas é descrito como final feliz, na vida real é apenas um começo feliz.

Ah, e vejam o vídeo abaixo. É lindo ver como sofrimento não se encaixa no verdadeiro amor. E nem entre as crianças!
 

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