segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Bem explicadinho


Essa é só mais uma histórinha da série: NO CASAMENTO, TUDO TEM QUE SER BEM EXPLICADINHO!


Semana passada estava eu quase louca com os meus freelas, sem tempo nem para jantar.

Marcelo já tinha comido, eu ia comer um miojo, e a fome começou a bater…falei: amor, coloca água na panela para mim para ir adiantando, daqui a pouco vou lá e coloco o macarrão!


Fui 5 minutos depois. A panela estava cheia. O fogo desligado!


Ele me faz rir, hehehehehe


Eu me divirto com essa história de recém-casada…

Então é Natal!


Eu amo o Natal…simplesmente amo. Não sei porquê. Não ganho inúmeros presentes. Não vou em grandes e inúmeras festas e nem gosto tanto assim de peru. Mas tem algo no Natal que me encanta. Parece que as pessoas ficam mais simpáticas (será que é ilusão minha) e as ruas, essas sim, ficam bem mais bonitas (disso tenho certeza).A festa na casa da minha mãe (já é a segunda que não é mais na “minha” casa e sim na casa da “minha mãe”) é bem legal. Não esperamos a meia-noite para servir a ceia. Desde às 21h já começamos a encher a pança. Não somos em muitos, mas para mim é bom assim. Odeio a falsidade que cerca alguns em época do Natal, primo do filho da tia-avó da mãe que vem lhe cumprimentar no Natal, poupe-me né? Não é família o ano todo, não é família no Natal e ponto.


Para mim, minha família sou eu, o Marcelo e o Théo. Meu pai, minha mãe, o Fábio e a Andréa. Dona Maria, Dona Deize e Seu Mauro. Minha avó, a Cintia, a Isa e o Artur. Shirley, Van, Nenê, Chain e Ivone (que este e nos próximos anos não estará mais com a gente) e só. Aliás, já é gente demais né?


E são esses que se reúnem para a noite de Natal. (Quer dizer, a família do Marcelo não é muito chegada a essas festividades. No primeiro Natal que “passamos” juntos – quer dizer, a gente ficava e ele ainda não sabia se queria ou não namorar comigo, decidiu 7 dias depois – fui visitá-lo após a meia-noite. Ele estava sozinho, todos tinham ido dormir e ele havia comido miojo. Prometi que nunca mais seria assim, e não será…mas é uma pena que eles não curtam a data, porque no Marcelo já consegui infiltrar o bichinho do Feliz Natal, hehehe!)


No dia 25 todos voltam para o almoço e o amigo secreto. Apesar de todos os anos serem exatamente iguais (meu pai enchendo todos, o CD de calouros do Raul Gil da minha avó e a camiseta Arte na Rua da minha mãe) eu adoro.


Mas o que eu mais gosto são as decorações de Natal. Amo ver luzinhas pela rua, bonecos no comércio, lojas lotadas de enfeites. Tanto que mesmo antes de namorarmos, já pedia para o Marcelo me levar para ver as decorações na Paulista.


No ano passado, fomos da rua Normandia, em Moema. Foi mágico. Coral, luzes, clima de Natal sabe? Perfeito. Esse ano vamos lá dia 13, apresentar o Théo ao espírito natalino. Se bem que ele já o conheceu ontem, quando decoramos a casa, e modéstia a parte, temos uma bela decoração esse ano.


É que ano passado, nós havíamos casado em novembro, e não deu tempo de comprar muita coisa. Então, fora a árvore (que veio torta e me fez chorar) e os bonequinhos que vinham no panetone da Bauducco, eu não tinha decoração nenhuma. Ontem o Marcelo riu de mim, que há 1 ano, sentei no sofá – chorando - “porque eu gostava tanto de Natal e a casa tava feia”.


Esse ano, tudo é diferente. Já em outubro, Marcelo e eu fomos na 25 de março e eu comprei várias coisas. Várias mesmo. A maioria bonecos: grandes, pequenos, sentados, de pé, com brilho, sem brilho… Quando a conta já tinha passado dos R$ 330, vi um presépio lindo, moderno e de bolinhas, mas já tinha gastado muitooooooo…o fofo do meu basbacoas olhou para mim e disse: leva!


Não parou por aí: ao longo dos meses comprei pisca-pisca, bolinhas coloridas, festões, enfeite de porta…chegou um momento que achei que ele ia me dar embora, heheheh Mas ele foi bem compreensivo com a minha compulsão e ontem me ajudou a arrumar tudo. Valeu muito a pena!!!


Tá certo que mesmo se não tivéssemos tudo isso, seria o melhor Natal da minha vida. Esse ano temos uma família maior, nossa casa é extremamente feliz, tivemos um ano incrível e como ele mesmo me disse, eu encontrei o cara que vai me levar para ver luzinhas de Natal até o fim da minha vida. Que mais eu preciso, heim???

FELIZ NATAL!!!

Amo, amo, amo, amo, amo, amo e amo!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Saudades da CBN


E eu que nem gostava,
Que reclamava e resmungava,
Que preferia ouvir a Nova,
Musiquinha gostosa de manhã.
Agora sinto uma saudades danada das notícias chatas,
Da batata-quente na boca do Heródoto,
Porque com o noticiario vinha o olhar, o cheiro e o carinho do Marcelo,
E agora, com as músicas, ele não está mais lá…
E não adianta mudar. Mesmo com o dial na CBN,
Ele não está mais lá :o(



E ainda tenhop que ficar ouvindo aquele cara que não consegue falar uma palavra sem engasgar na Nova, hunft!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Cotidiano


Não temos um horário certo para acordar, mas quase sempre é entre 5h45 e 6h45. Não foge muito disso. O celular desperta do meu lado da cama, mas é ele quem levanta primeiro. Funciona assim: o celular toca, eu acordo (ou o Théo ouve primeiro e me acorda) aí vamos juntos acordá-lo. Eu com palavrinhas sussurradas: “amor tá na hora” e o Théo com lambidas na orelha. Ele ama lamber a orelha do Marcelo, vai entender.Quase sempre ele pergunta: tenho mais 5 minutinhos? Dependendo dos nossos compromissos no início da manhã dou – ou não – o aval para mais um pouquinho de preguiça. Enquanto ele toma banho ficamos, o Théo e eu, mais 5 minutos na cama, até a hora que digo: cãozinho, hora de levantar! Vamos juntos ao banheiro dar bom dia para o papai.


A partir daí levo as coisas do cão para a cozinha, dou ração, vejo o que o Marcelo quer de café da manhã, preparo. Nos trocamos. Levamos o peludis até minha sogra, nos olhamos e no elevador damos o primeiro beijo de bom dia.


No caminho para a InfoMoney, é sempre ele quem dirige. Conversamos até o comecinho da Bandeirantes, quando o deixo na companhia do Heródoto e durmo mais um pouquinho. (Depois que comecei a tomar os remédios para o meu cisto, tenho um sono imenso). Ele me acorda com um carinho na perna quando chegamos na Berrrini. Me dá um olhar que diz: vamos lá preguiçosa. E eu vou!


No trabalho, dia inteiro de correria. Ou de PN na net!


Final do dia, volta para casa. Voltamos ouvindo algo engraçado – ou forçado - no rádio (pena que Fim de Expediente só tem de sexta) e discutindo o que comeremos na janta. Pequeno adendo: qdo morava com a minha mãe, ela me acordava e a primeira coisa que perguntava era o que eu queria comer no almoço. Eu nem tinha acordado direito e ela me pressionando, dizendo que decidir o que fazer era horrível e que a gente não ajudava ela a decidir. Ok mãe, me rendo. É a pior parte do dia, hehehehe


Chegamos em casa, festa com o cachorro, jantinha rápida, assistimos um pouquinho de TV e vamos deitar, até o dia seguinte, quando tudo acontece de novo.


Esse é nosso cotidiano, nosso dia-a-dia. Sem arroubos de romantismo extremos, nada de pétalas de rosa no chão formando um caminho até a cama, todo iluminado por velas, e nada de sexo selvagem na pia da cozinha enquanto preparo a janta. Nada disso.


Porém, é tudo tão perfeito: as trocas de olhares de admiração e paixão ao longo do dia, o jeito carinhoso que nos acordamos, os e-mails recheados de TADs, o fato de sempre cedermos para fazer a vontade do outro (o que faz sermos um casal muito indeciso) e os beijos – raros – na escada do prédio. Nosso dia-a-dia é perfeito porque é sempre lotado de atitudes que mostram o amor, o carinho, a preocupação, o cuidado, o bem querer, o amor entre nós. Ontem, por exemplo, ele me olhou, com os olhos lacrimejantes e me disse: eu te amo muito. Fica comigo para sempre? Pô, não preciso de mais nada, né?


Os beijos que trocamos são sempre muito apaixonados, desejados…não sei explicar. Não é beijar por beijar. Dá para sentir o amor que sentimos um pelo outro ali. Dá para perceber a vontade que temos de estar juntos, de crescermos juntos, de caminharmos sempre juntos. Dá para sentir o quanto estamos felizes e como somos felizes. Já vai fazer um ano, e essa é a vida que eu pedi a Deus!




Tabata Pitol acha essa história de que rotina não é bom, coisa de quem não está feliz com a vida que tem!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Amor e luta livre


Em determinado momento do filme Noiva em Fuga, Richard Gere confronta Júlia Roberts dizendo que ela não tem personalidade. O argumento: em cada namoro que ela teve ela mudava a maneira como gostava seus ovos no café da manhã. Se o moço pedia ovos mexidos, ela também os queria assim; se os preferidos dele eram com pimenta, ela pedia no seu também e se o namorado da vez gostava de ovos “quati”, ela os bebia pela manhã.Não acho que isso seja falta de personalidade. Ao contrário, acho que é uma incrível capacidade que apenas alguns seres humanos têm: a de se abrir para o novo, estar disposto a experimentar e, quem sabe, mudar seus gostos, crenças e ideais. Se for para melhorar ou agregar coisas novas, que mal tem?


E graças a Deus, eu tenho essa capacidade! Não digo que mudei de gosto a cada namorado, mas cada pessoa que passou pela minha vida me trouxe coisas novas (ainda bem!). Amigos, colegas de trabalho e namorados me mostram coisas que eu não conhecia, mas foi o meu marido, quem me trouxe mundos diferentes.


Alguém aí sabe o que é um Sweet Chin Music? E o SummerSlam? Alguém aí sabe quem é Paul Levesque? Pois é, eu sei. Assim como sei usar a palavra concatenar, sei onde fica o Guaraú, sei quem inventou aquelas carteiras de um braço só que usamos na faculdade, sei quem é George Romero e que no Exorcista tem um monte de imagens subliminares.


O Marcelo me trouxe mundos completamente novos. Com ele aprendi novas palavras, novas culturas, novas músicas, novos nomes, novos lugares, novas antigas histórias…e algumas entraram em mim de tal forma que hoje são parte das coisas que eu gosto, e não mais parte das coisas que “faço” para agradá-lo.


E nesse quesito incluo a WWE - World Wrestling Entertainment. Lembro-me com muita nitidez da primeira vez que ele me falou sobre luta livre, ou melhor, mostrou. Trabalhávamos juntos, sentados lado a lado e ele me mostrou uma foto do Undertaker todo ensanguentado. Odiei aquilo. Óbvio, nenhuma menina (quer dizer deve haver algumas) gosta de luta e muito menos de ver as pessoas sangrando, não é?


A “luta livre” voltou a minha vida durante uma briga dele com a então noiva dele. Eu já o amava demais, ele já sabia, mas éramos apenas amigos. Eu estava no stand center qdo ele me disse que estava chateado porque eles haviam brigado. Eu, querendo agradar, sabendo que ele adorava o PS2 e luta livre decidi comprar um jogo do esporte para ele. Achei que era uma boa coisa, afinal, brigados ele teria tempo para ficar em casa, sozinho, jogando videogame e assim se distrairia. Fui na loja e falei: “moço qual o jogo mais novo que tem de luta livre?” Ele indicou um e eu comprei. Mal sabia eu que Pride FC nada tinha a ver com WWE. Mas ele foi simpático qdo entreguei o DVD para ele (embora tenha odiado), hehehehe


Mas qto mais fomos ficando próximos, mais eu fui conhecendo e, surpreendentemente, gostando. O Marcelo AMA isso. Mesmo. Desde pequeno. Se deixar, fica horas assistindo, lendo sobre, baixando novidades, vendo fotos…e, de verdade, não tem como amar ele e ignorar a WWE, mesmo porque acho que em uma disputa “ou esses caras malhados ou eu”, eu perderia fácil.


Prova master de qto ele gosta disso é o qto ele gasta com isso. Ele é todo receoso em gastar dinheiro, mas fica com os olhos brilhando a cada novo DVD comprado, nova box adquirida e agora, a cada action figure a mais, não importando que tudo isso é importado e custe vários reais. Não tem problema. É incrível vê-lo feliz.


Sem falar que eu mesma agora fico atrás dessas coisas. No começo era só para agradá-lo. Ficava procurando gente na internet que importasse os bonecos e dvds, e nunca achava. Fica frustradíssima de não
poder presenteá-lo com algo que ele gostava tanto. E que eu já gostava tanto. Que alegria quando meu irmão foi para os EUA e trouxe os primeiros bonequinhos de uma coleção que agora já é grande.



E que bom que o seu Silvio Santos resolveu passar WWE aqui. Por mais que tenha durado apenas 2 meses, foi a porta de entrada para que os produtos começassem a ser vendidos no Brasil e deixasse de ser uma dificuldade imensa adquirí-los. Nunca vou esquecer a vozinha emocionada dele me ligando do shopping e dizendo: “amor tem uma loja aqui que tem os bonecos, igual no meu sonho”, hehehehhe


E, se me falassem de luta livre há 3 anos, eu com certeza torceria o nariz. Hoje adoro, muito, a ponto de querer muito ir ver pessoalmente, nem que para isso seja necessário gastar US$ 10 mil. Vale a pena. E alguns sonhos não tem preço.


A coisa foi me conquistando qdo descobri que eles não lutavam de verdade. Que são todos atores muito bem preparados. Quando vi que o negócio é um mega espetáculo, super teatral e bem montado. Quando vi que as músicas eram legais, os caras engraçados (alguns até bonitos), quando descobri que os figurinos eram uma piada e que havia uma história. E aí descobri: aquilo era uma novela para homens, um seriado. Assim como sou louca por Gilmore Girls, ele é louco por WWE. Loucura que me conquistou. Claro, não fico horas assistindo. Mas assisto. Entro no site. Baixo música. Baixo vídeo. E cedi minha prateleira de livros para a coleção de bonecos dele.


Amar o Marcelo e não gostar de WWE é algo impossível. E eu o amo demais, demais, demais!



Abaixo, “A” coleção!




Não basta ser esposa, tem que participar!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Que pena que acaba...


Por que será que uma hora as coisas precisam acabar? Fico olhando para tudo que construí ao longo dos anos e acho tudo tão bonito, tão perfeito que dá um medo de perder tudo de uma hora para outra. E nessa vida só há uma certeza: uma hora vai acabar!Ontem fiquei olhando o Marcelo, deitado ao meu lado, me olhando também. Aqueles olhinhos marrons brilhando cheios de ternura, as bochechinhas rosadas a qualquer hora do dia, a pinta na ponta do nariz, as marcas de expressão que mostram que ele não é mais o “muleque” que eu conheci quatro anos atrás, e a boca sorridente que me mostra que ele nunca deixará de ser um menino feliz (graças a Deus).


Nossa história é tão bonita, tão bonita que assusta. Demoramos tanto para finalmente ficar juntos e hoje é tudo tão perfeito, que dá muito medo. Ontem ele me disse: que sorte que a gente se encontrou né? Muita gente não encontra a pessoa perfeita para ela… “que sorte a nossa heim? Entre tantas paixões, esse encontro nós dois, esse amor (Vanessa da Mata)”.


A gente mora junto há 8 meses. Namoramos há 3 anos. E trabalhamos juntos, again, há 5 meses. Nas últimas duas semanas estamos fazendo o mesmo horário, ou seja, ficamos juntos 24 horas por dia. Acordamos juntos, vamos e voltamos do trabalho juntos, jantamos juntos, dormimos juntos, arrumamos a cama juntos, enfim, fazemos tudo juntos…essa semana, no carro, no meio do maior trânsito do mundo, ele olhou para mim e disse: porque será que não nos cansamos um do outro heim? Ufa! Quem bom que ele tbm pensa assim, porque eu JAMAIS me canso dele.


É muito difícil colocar no papel o quanto estamos felizes com nossa vida, com a família que construímos. O Théo é nosso filhinho lindo que veio para completar a família “peluds”. É bem comum, olharmos um para o outro, e ficarmos meio extasiados com o que temos, e com medo de que acabe…


Ontem fiquei pensando em como será quando um de nós morrer. Já fiz ele me prometer, milhares de vezes, que ele só vai depois que eu for. Não consigo nem imaginar minha vida sem ele. Dá um nó na garganta e os olhos se enchem de lágrimas, sem demagogia. Mas no fundo fico pensando que, por mais que eu não queira viver sem ele, eu quero menos ainda que ele sofra. Eu faria qualquer sacrifício para não ver o Marcelo sofrer. Qualquer. Até ficar sem ele. Já disse que se ele quiser me deixar, que se não for mais feliz ao meu lado, serei a primeira a dizer para ele ir. Não sei ficar sem ele, mas não conseguiria vê-lo sem que ele estivesse 100% feliz.


Essa semana estava assistindo Extrame MakeOver e a esposa estava com câncer. Ela disse que só tinha forças para lutar contra a doença porque o marido dela a amava demais e afirmou: “quando você tem alguém que te ama mais do que a si próprio você não quer morrer, porque essa pessoas vai sofrer demais”. Falei para o Marcelo: que bonito isso né? Queria que você me amasse assim…ele então me olhou e disse: Deus queira que nunca aconteça nada para que você saiba que eu já te amo assim…Foi uma das coisas mais lindas, tocantes e emocionantes que já ouvi!!!



As vezes me sinto vivendo em um conto de fadas, e tenho medo porque sei que eles não existem…

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Adeus


Ele era laranja e grande. Grande mesmo! Uns 20 centímetros mais ou menos, e devia pesar quase um quilo. Não tenho certeza, nunca peguei ele na mão, mas o Marcelo disse que ele era pesado!Minha mãe dizia que ele era feio, mas eu achava ele lindo. E fofo. Ele dava beijo. Era só se aproximar do vidro que ele grudava os lábios em você. E apesar de dizerem que é impossível, tenho certeza que quando eu chegava em casa e gritava: David, mamãe chegou!, ele nada para o canto que dava visão para a porta. Corria para me ver.


Eu amava ele. E, embora muita gente ache que não dá para amar um peixe, eu amava esse peixe. Ele não era meu originalmente. Veio no “pacotão do casamento”, mas eu já o amava antes de casar.


Lembro muito bem da primeira vez que o vi. Eu estava no trabalho, e o Marcelo em casa. Nessa época acho que ele nem sabia ainda o quanto eu gostava dele. E eu não conhecia muito sobre ele não. Conhecia apenas o garoto simpático, boa gente e engraçado que trabalhava comigo, que me enchia quando eu só comia batata-frita quando íamos em galera a algum barzinho e que topava fazer um “filme” de terror amador com uma câmera fotográfica, só para se divertir. Mas não sabia nada sobre a vida pessoal dele.


Nesse dia estávamos batendo papo pelo messenger e ele colocou a foto do bichinho em seu perfil e digitou: conhece meu peixe? E eu já achei ele lindo. Perguntei o nome e ele disse: não tem, escolhe você! David, em homenagem ao Beckham, e não é que ele deixou? Foi a primeira vez que me senti entrando na vida pessoal dele, e de alguma forma, fazendo diferença.


Alguns meses depois fui pela primeira vez na casa dele, e estava tão nervosa, que nem vi o gigante aquário de 200 litros na sala. Da segunda vez, mexer com o peixe foi uma maneira de disfarçar a timidez e, novamente, o nervosismo.
Durante o namoro, uma vez ele ficou muito doente. E eu chorei muito. Mas no fim, deu tudo certo.

Montamos nosso ap, fizemos um quarto laranja e lá colocamos o móvel do David. Nos primeiros meses de casada, ele me fez companhia. Todo dia de manhã eu acordava - o Marcelo já tinha saído para o trabalho - e eu ia lá conversar com ele. Nada me tira da cabeça que ele ficava feliz em me ver.


Mas o tempo foi passando e ele parou de comer. Mudamos a ração, compramos peixinhos e nada. Eu, que tinha aflição de tocá-lo, comecei a dar comida na boca dele. Ele pegava, mastigava e cuspia. Não comia. A preocupação começou a aumentar. Já eram 3 meses sem comer. O cara da loja dizia: é normal, eles ficam assim mesmo. E ele realmente parecia bem, mas secretamente eu tinha muito medo de um dia acordar e ele estar boiando no aquário.


Dito e efeito, um dia acordei e ele estava de lado. Mas estava vivo. Liguei chorando muito para o Marcelo e o pai dele foi trocar a água e disse que ele ficaria bem. Por uma semana ele apenas boiou de lado e aquilo me dava uma agonia, porque eu tinha certeza que ele estava sofrendo.


Perguntei milhares de vezes para o Marcelo se não havia um veterinário, qualquer lugar em que pudéssemos levá-lo, mas não tinha. Passei a não entrar no escritório, porque só chorava, e um dia nem abri a porta. Me senti ainda pior. Parecia que eu estava negligenciando ele no momento que ele mais precisava de mim.


Naquele dia, a noite, saí desesperada atrás de algo que eu pudesse fazer por ele. Achei um fórum em que algumas pessoas davam dicas do que fazer com peixes doentes. Havia diversos casos como o dele: problema na bexiga natatória. Implorei para um cara me ajudar e ele me disse o que eu devia fazer: trocá-lo de aquário e colocar um negócio chamado Sal de Epson na água, mas me preveniu que, apesar de dizerem que peixes-papagaios duram dez anos, ele nunca viu nenhum passar de 7, e o nosso já tinha 6.


Naquela noite, Marcelo e eu fomos atrás do treco, encontramos e o colocamos em um aquário-hospital. Sentei no chão (onde estava o aquário) e bati no vidro. O Marcelo disse que ele não estava controlando para onde nadava, mas ele veio, parou na minha frente e ficou ali, me olhando. Chorei, chorei, chorei e disse que ia fazer tudo o que podia para que ele melhorasse, ou para que sofresse menos.


O Marcelo me tirou de lá. No dia seguinte, ele ainda não havia melhorado, diminuindo minhas esperanças, já que no site tinham dito que esse tratamento poderia reverter o quadro em poucas horas. A noite recebemos uns amigos. Por volta das 22h entrei no escritório e me pareceu que ele estava mexendo a nadadeira mais lentamente. Às 3 horas o Marcelo me disse que ele morreu. Deitamos juntinhos na cama e ficamos os dois chorando até umas 5h.


De manhã fomos enterrá-lo na horta da minha mãe. Não podia simplesmente jogá-lo no lixo. Ele representava muito para mim. Ele foi o primeiro pedacinho que o Marcelo me mostrou da vida dele. Era como se, através dele, eu tivesse entrado na vida do cara que é o homem da minha vida.


Ele morreu na semana que o Théo veio morar com a gente. Parece que esperou termos algo para diminuir a dor. Não diminuiu. Ainda o amo demais e toda vez que olho para o lugar onde ficava o aquário sinto falta dele. Já se passaram dois meses e ainda me dá um nó na garganta pensar nele. Ele era um peixe muito bacana e eu vou sempre me lembrar dele!!!


PS: Escrevi esse texto baseada em um texto do Metro que li hoje e que me emocionou. Segue o texto (no post abaixo). E a foto do David!



Sentirei muita saudades do peixinho laranja :o(

O texto que me inspirou

Cães não ensinam nada a ninguém. Por mais que os
escritores de auto-ajuda vendam livros sobre como
seus mascotes viraram gurus – é o caso de “Marley
& Eu”, best-seller de John Grogan, e de tantos outros
títulos –, não consigo acreditar nessa balela. Ainda
não inventaram um filósofo canino como Quincas Borba, o
personagem de ficção de Machado de Assis. Os cães não
conseguem elaborar raciocínios complexos e, por isso, nada
podem auxiliar na formação de seus donos humanos – salvo
os autores de auto-ajuda.
Os cachorros são obtusos, simpáticos, abanam o rabo e
nada mais. O único problema é que a gente se apaixona por
eles e passa a tratá-los como membros da família. Fazem
parte da nossa história. Quem perdeu um amigo assim na
infância sabe o quanto dói. Eu só não contava com uma dor
igual agora, na maturidade.
Na segunda-feira, encontrei Nina estirada no piso da área
de serviço. Estava morta. Tinha 15 anos e sofria de câncer de
mama. Queríamos operá-la, mas, a conselho do veterinário,
achamos melhor não arriscar e deixá-la viver até o fim. Tentei
não me comover. Foi impossível. Na noite de
domingo, ela ainda havia abanado o rabo para mim,
embora estivesse sofrendo muito.
Nina era uma dachshund, um “salsicha” de pedigree.
Ganhei-a ainda filhote, em 1993, presente de um amigo
meu. Giulia, minha filha mais velha, tinha 1 ano quando ela
chegou ao apartamento. E foi uma festa. Viraram, claro,
grandes amigas: detonavam sofás, tapetes e o que estivesse
pela frente. Precisávamos dar um quintal para as duas. As
três, porque a Lorena já dava pontapés na barriga da minha
mulher. Fomos então morar numa casa, e nasceu a Lorena.
Nina deu um jeito de lamber o bebê no dia em que chegou
do hospital. E as três cresceram juntas. Há seis anos,
adotamos a Sissi, também salsicha, só que de cor clara.
Formou-se o quarteto das bagunceiras.
Mas o tempo corre, e é mais rápido e impiedoso
com os bichos. Enquanto minhas filhas ficaram
adolescentes, Nina enfrentava os problemas da
velhice… Andava devagar, tossia, não ouvia.
Giulia chorou várias vezes multiplicando a idade
de Nina por sete. Lorena agiu como enfermeira, e cuidou da
amiguinha o quanto pôde. Elas tiraram lições da
convivência? Claro, mas são menos lições dos animais do
que da vida: carinho, solidariedade, finitude…
Agora as meninas estão lá fora, em lágrimas. Felizmente
elas não seguiram a onda atual de descartar animais de
estimação. E decidimos enterrar Nina no quintal. Pelo
menos aqui em casa, o céu dos cachorros ainda existe

Por LUIS ANTONIO GIRON
jornalista e editor de Cultura da revista “Época”.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Ser mãe


Sabe quando um casal pensa: hum, não estamos preparados para ter filhos, então vamos comprar um cachorro? Pois é, pára tudo!!! Como assim não tá pronto para ter filho e sim para um cão?Ok, algumas pessoas podem me xingar por esse post, mas aqui vai o que aprendi na prática: filho ou cão É TUDO A MESMA COISA!


Quero ver alguém dizer que não. Não deixo faltar nada para o Théo. Tiro a casca da mação porque ele prefere sem. Banana? Só em rodelas. Faltou grana? Vamos ficar sem comer pizza esse mês, mas não vamos dar só da ração barata né? Vacina? Tadinho, vamos tirar o dia para ficar com ele porque ele fica dolorido e manhoso…Ou seja, cuido dele igual cuidaria de um filho.


Mas você irá me dizer: é mas cachorro você deixa em casa sozinho, filho não! E eu respondo: não é bem assim, não.


Ontem, após mais de um ano sem ir ao cinema, Marcelo e eu ganhamos convites para uma pré-estréia do Batman, que eu estava doida para assistir. Em mês de vacas magras, onde pagar R$ 36 em dois ingressos, mais R$ 10 na pipoca e R$ 8 nos refrigerantes pesaria muito no bolso, aceitamos o brinde. Sessão das 20h30, no shopping Eldorado, muito perto do trabalho.O filme tem “apenas” 2h32 de duração.



Contando com a ação promocional antes da sessão, o longa (e bota longa nisso) acabou 23h40. Mas, desde das 22h, meu coração começou a bater forte, acelerar e ficar apertadinho: tadinho do peludice, tadinho do meu ursinho branco…ele tá em casa, sozinho, a noite…como sou má, vim me divertir e deixei ele lá, justo hoje que ele foi um cão bonzinho, dormiu o tempo todo, fez xixi e coco no lugar certo, deve estar achando que nós abandonamos ele, deve estar se perguntando o que ele fez de errado…Drama total, porque minha sogra mora no mesmo prédio que eu e o visita a cada 30 minutos…e meu sogro fica lá por horas, aliás, ficou até depois das 22h30.
Mas eu me martirizei até, e o Marcelo (pai coruja que é), também.


Decidido: agora só vou se ele for junto. Viagens: vai ter que ser em uma pousada que aceita animais. Cinema não pode? Vou esperar sair na locadora.



Simplesmente não dá para largar uma vida que depende de m
im, depende de nós, mesmo que ela seja peluda, tenha um nariz gelado e balance o bumbum quando me vê (e não estou falando do Marcelo não, hehehehe) PS: Batman é IN-CRÍ-VEL…não sei quem está melhor no filme: Christian Bale, Aaron Eckhart, Heather Ledger, Morgan Freeman, Gary Oldman, affffff bom demais!!!!

Por enquanto preferindo ser mãe apenas de cachorrinhos

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Cuidando da casa


Organizar, cuidar e gerenciar uma casa não é fácil. Ok, Marcelo me ajuda bastante e não tenho do que reclamar (que dizer, às vezes tenho), mas, não adianta, a maioria das coisas acaba ficando com a mulher mesmo.

Homem sabe o dia de trocar roupa de cama e de banho? Não. Homem usa o pano que limpou o cocô do cachorro para limpar a mesa de jantar? Sim. Homem entende que quando você diz: amor, centrifuga a bolsa que está de molho no tanque porque preciso dela amanhã, significa: amor, centrifuga a bolsa que está de molho no tanque, e COLOCA NO VARAL, AFINAL, ELA TEM QUE SECAR PARA EU USAR AMANHÃ? Definitivamente, não!


Além disso há aquelas situações: amor, não me deixa esquecer que precisamos de óregano? 30 minutos depois: amor, o que é mesmo que eu tinha que te lembrar? Ok, eu faço uma lista!

No nosso caso, sou eu ainda quem cuida do orçamento. Mas isso eu adoro (embora fique desesperada constantemente) e faço - modéstia a parte - bem feito, afinal sou uma jornalista de finanças, não é mesmo?

Ganhamos um salário médio: não nos permite grandes luxos, mas consigo poupar um poquinho mensalmente (pessoal façam isso, o INSS não vai dar conta dos 40 anos que você vai viver após se aposentar, você vai precisar ter uma reserva, confia em mim!).


Faço assim: logo que nossos salários caem (trabalhamos na mesma empresa, temos contas conjuntas, mas o dinheiro cai em contas separadas) junto tudo. De cara, jogo um pouco para a poupança (ele é o jornalista de investimentos e ainda não comprou ações) e já considero que não recebemos aquela quantia. Aí vou pagando contas, fazendo compras com o que restou e ponto. É aquilo que está na conta corrente que temos para gastar e mais nada.


Mas nem sempre dá para ser assim. Somos recém-casados. Ainda estamos decorando a casa (e qualquer coisinha é mega-caro) e temos vontades. Esse mês ele comprou uma jaqueta e eu uma calça. Não passou de R$ 150, mas já pesou :o(


Não posso reclamar, esse mês tivemos aumento, e nem esperávamos. Pouco, mas aumento. O duro é saber que o mês que vem você vai receber mais, sendo que precisava MUITO ter recebido mais ESTE mês.

Este mês temos que pagar doc do carro, multa, veterinário, ração e outras coisas não planejadas. Juro, não vai sobrar R$ 18 para eu repicar meu cabelo, é mole? Até o Théo pagou pelo aperto: a ração de R$ 35 o kilo foi trocada por uma de R$ 18,60. Só esse mês.Enfim, muitas vezes não é nada fácil. Mas ver que você está construindo uma família, aumentando ela, ver seu patrimônio começar a ganhar forma e ver que o arroz e o feijão tá garantido até os 109 anos (ainda não, mas estará), vale muito a pena!



Histórinha engraçada de recém-casada: antes de casar coloquei tudo o que ia ter de gasto mensal no papel, para ver se nossos salários dariam conta (como todo bom planejamento financeiro deve ser. Acessem: www.infomoney.com.br). No quesito comida e compras do mês pesquisei com 3 pessoas: minha mãe, uma amiga recém casada e uma amiga que mora com a mãe. Todas me garantiram que o valor gasto com isso não passaria de R$ 300. Ok, ótimo, cabia nos nossos bolso. Dia 12 de novembro (5 dias antes do casório) fui com ele e a sogra (minha mãe) fazer a primeira compra. Gastamos R$ 560. Comecei chorar ali, no caixa mesmo. Soluçava e falava para eles: nós vamos morrer de fome. No mês seguinte, já tendo uma idéia melhor da quantidade de coisas que consumimos por mês, o valor caiu para R$ 300 e tem se mantido assim. Não morreremos de fome, cabe no bolso! :o)

Vivendo, aprendendo e se divertindo com a nova fase. E curtindo muito!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Fim de Semana


Será que existe alguém no mundo que não gosta de finais de semana? É, deve ter…aquelas pessoas que trabalham em pedágio ou que são pikachus de praia não devem gostar, afinal, eles trabalham (e muito) aos finais de semana.Fora eles, mesmo os que eventualmente trabalham no sábado e domingo (jornalistas como eu e meu marido, por exemplo) aguardam ansiosamente o final de semana. E esse, claro, é o nosso caso!


Mas não esperamos o final de semana para sairmos, passearmos, gandaiarmos, nada disso. Esperamos a sexta, o sábado e domingo para aproveitar esses dias de folga do nosso jeitinho: quietinhos, de boas, em casa!


Sempre acho que grande parte do amor que sentimos por outro e da decisão de termos casado vem do fato de sermos muito parecidos em um ponto: gostamos muito de ficar em casa. Para a gente, não há melhor lugar no mundo.


Quando não éramos casados, não tínhamos uma casa inteira para a gente, obviamente, e mesmo assim não saímos de casa. Ficávamos no quarto dele, vendo filme, comendo pizza, jogando videogame, conversando muito, namorando…mas isso de querer ficar em casa não tem nada a ver com putaria não. É só vontade de curtirmos nosso cantinho, nosso lugarzinho e nos curtimos.


Tanto que logo no início de namoro, no terceiro mês para ser mais exata, fizemos algo que eu considerei uma loucura: compramos um projetor. Eita aparelhinho caro: R$ 4 mil (que juntamos durante um ano). Mas era nossa chance de ter um cinema (nosso programa favorito) sem sair de casa (nosso programa mais favorito). Mas eu pensava: meu Deus, se esse namoro não ser certo (por mais que eu tivesse certeza que daria) o que faríamos com aquele treco?


Fato é que hoje temos nossa casa (um ap na verdade) e quase nunca queremos sair. Os amigos reclamam – muito – de nós: anti-sociais, velhos, cansados e preguiçosos é o que mais ouvimos. E somos mesmo! Quer dizer, mais ou menos…porque adoramos recebê-los. Eles estão sempre por lá. Convidamos para filmes, pizzas, festinhas, bate-papos..mas não nos chame para sair, você pode se decepcionar, hehehehe


Temos até uma rotininha que adoramos (embora muitos digam que as rotinas são o fim da união): sexta-feira comemos lanche de uma padaria específica que ele adora. Ele pede enquanto estou no caminho. Comemos e vou lavar a roupa (senão ela não seca até domingo a noite, quando passo).


Sábado é o dia que saímos, passeamos. Comemos fora e se temos algo para fazer (loja de construção, shopping, etc.) vamos no sábado. A noite quase sempre vai alguém lá jantar com a gente. Amigos, sogros (os meus), mais sogros (os dele), ou comemos uma pizza sozinhos (que me desculpem os convidados mas a-do-ra-mos).


E domingo é o dia de casarar. Nada de hora marcada, mas é o dia que tiramos para dormir até a hora que quisermos (quando o Théo deixa, claro). Faço almoço e ficamos a tarde toda na cama, vendo filme, TV, casarando, casarando e casarando (se é que me entendem). A noite comemos um lanchinho feito por mim ou um miojo, passo roupa, casaramos mais um pouquinho e vamos dormir, torcendo para que o próximo finde chegue logo!




Falta muito para a sexta-feira a noite?
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terça-feira, 1 de julho de 2008

O cão


Ter filhos ainda é uma situação um pouco nebulosa para nós. Às vezes queremos e às vezes achamos que não queremos. Já teve épocas em que o Marcelo falava disso e me arrepiava (negativamente, devo deixar claro) e já me peguei pensando em como seria bom ter um pedacinho dele dentro de mim, e dar à luz a uma pessoinha fofa que seria a mistura de nós dois e que seria o resultado físico do nosso amor.


Fato é que em uma coisa concordamos: se decidirmos tê-los será só daqui 7 anos.

Ok, talvez eu tenha uma idéia uma pouco romântica demais do mundo, mas eu queria ter filhos apenas quando pudesse trabalhar meio período, ou pudesse ficar na nossa linda casa no interior, vendo as crianças e os labradores correndo pelo gramado e escrevendo matérias para revistas incríveis - que é o que realmente gosto de fazer – enquanto papai ganha dinheiro indo e vindo todo dia de uma emissorinha que existe ali, próximo ao shopping Morumbi. (Que ele tem talento para isso, não tenho dúvidas. Não sei se conseguirei revistas interessadas nas baboseiras que escrevo, mas…)


Mas, como somos loucos, insanos e inconseqüentes, como pensaram - e até pronunciaram - a mãe e a tia dele (minhas sogras, porque na falta de uma, eu tenho duas! Vou para o céu sem parada, e se Madre Tereza ou Betinho ainda tiverem na fila para entrar, eles vão abrir passagem para eu passar na frente, confia em mim!) decidimos deixar de sermos apenas nós dois, contra o resto do mundo e compramos um cão :o)


Théo é o nome! Um lhasa apso de 3 meses, muito branco, muito peludo, muito ranzinza, às vezes anti-social, às vezes brincalhão até não querer mais. Do mesmo jeito que pula do meu colo em direção as avós ou a madrinha (minha prima Isabella) balançando o rabo até não querer mais, ele também se esconde na cozinha quando há visitas e o som de nossas vozes o atrapalha.


Ele me enche? Sim. Me irrita? Sim. Não deixa a gente dormir? Sim. Morde doído? Sim. Faz cocô onde não deve? Sim. Estraga nossas coisas? Sim. Tira a minha paz? Sim. Dá um gasto sem tamanho? Sim. Odeia tomar banho? Sim.


Mas não faz mal, hoje Marcelo e Eu já não conseguimos viver sem ele (aliás respondendo a essas perguntas me dei conta de que ele faz as mesmas coisas que o Marcelo, hahahahaha).
Sentimos saudades, ligamos para saber como ele está, e evitamos alguns programas de final de semana se não podemos levá-lo. Assim como ter filho, só quem também sabe a dor e a delícia de ter um bichinho desses em casa!



PS1: Abaixo fotos do Théo







PS2: Olha como serão nossos filhos. Feios desse jeito acho que a situação não é mais nebulosa: não vamos tê-los, hahahaha









E eu que só planejava ter dog depois dos 2 anos de casada…

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Estar doente


Quando se está doente na casa da mãe nem é tão ruim assim. Ok a dor de cabeça é horrível, o corpo fica mole e dolorido e os enjôos, erght…mas tem chazinho, remédio na hora certa e sopa, bela sopa.

Quando você casa, por mais que saiba que seu marido tá lá para te ajudar, você sente meio que um: agora sou só eu e você, gripe! Pelo menos da minha parte é assim, não quero atrapalhar, incomodar, ficar chorona ou ranheta.


Agora quando é ele quem fica doente, ai que desespero. Meu coração vem parar na boca. A primeira vez que ele ficou doente após casarmos, foi quando voltamos de uma viagem. Lá tava tudo bem, mas chegou em casa disse que tava com uma moleza, uma dor de barriga e 38,5 de febre. Desespero total e o teimoso nada de querer ir ao médico. Acordei a cada 2 horas de madrugada para ver se a febre tinha aumentado. Na segunda convenci-lo a ir ao médico e era uma infecção intestinal. Fruto dos camarões, lulas, peixes e sardinhas cruas do finde.


Ontem a mesma coisa: após uma bacalhoada na sogra (dele, minha mãe) ele sentiu a mesma moleza. Termômetro em punho: 38,5 graus. Não teve santo que o convenceu a ir no médico e meu coração disparadasso: TUM-TUM TUM-TUM


Medições de madrugada, ele muito suado. De manhã temperatura baixíssima: 35graus. Mais desespero, mais coração TUM-TUM TUM-TUM.


Pelo menos trabalhamos juntos e pude acompanhar o quadro clínico de perto. Como rolava uma dor nas costas, apesar da febre ter sumido, convenci ele a ir no médico. Raio-X feito, nada de pneumonia, apenas uma gripe. Achei estranho, mas estou menos preocupada…
Mas meu Deus, que desespero é ver quem a gente ama mal né???





Na boa, prefiro que eu fique doente…

sábado, 21 de junho de 2008

No dia em que casamos


No dia em que casamos decidi mudar o “Quem eu sou” do orkut. Foi isso que escrevi lá:Ele já me fez rir até eu perder o ar e lágrimas escorrerem do meu rosto,e ele já chorou ouvindo uma música que lembrava nossa história


A gente já brigou e se odiou antes mesmo de começamos a namorar, e nunca mais tivemos uma briga séria depois que decidimos ficar juntos


Eu já passei a noite olhando ele dormir e sei que seria capaz de fazer isso por horas e horas sem cansar


Ele já me jurou amor eterno com palavras, gestos e canções, mesmo que nada disso seja necessário, pois basta um olhar para eu saber exatamente o quanto ele me ama


Ele me aconchegou em seus braços nos momentos que eu mais precisei, e eu já deitei ele no meu colo durante horas quando ele não queria falar com mais ninguém


Já nos abraçamos e choramos juntos quando as coisas não deram certo e comemoramos - da nossa maneira - todas as boas notícias que chegaram (e não foram poucas);


Já fizemos viagens fantásticas e ele já me levou para lugares paradisíacos, sem nem precisarmos sair de casa


Ele me ensinou que mesmo nos momentos mais sérios é preciso saber rir e eu mostrei que fazer tudo o que se deseja é sempre a melhor forma de viver a vida


Ele me mostrou que sou muito mais forte do que eu imagino, e eu expliquei que ele não precisa ser durão o tempo todo e que até mesmo o Superman dos quadrinhos chora (se bem que ele sempre é o meu herói)


Eu aprendi que o homem perfeito existe e foi a maneira como ele trata os amigos, os parentes, os bichos e as crianças que me mostram o seu caráter e me fizeram sentir tanta admiração que não dá para colocar em palavras


Ele me ensinou que mais importante do que sermos namorados, é sermos amigos; que os opostos podem se atrair, mas nunca conseguem caminhar juntos e me mostrou que nele eu encontrei um companheiro não para poucos meses ou bons momentos, mas um cara que estaria ali para sempre, principalmente quando a vida não estava sendo boa


Por isso, desde o último dia 17, eu e ele decidimos deixar de ser apenas EU e ELE, para sermos NÓS. Nós para compartilharmos a vida, para morarmos debaixo do mesmo teto, para rirmos juntos, para nos divertimos um com o outro. Nós para compartilharmos as vitórias e nós para nos apoiarmos nas derrotas, que inevitavelmente acontecem.


E é por isso que desde o dia 17 eu só posso dizer que sou a mulher mais feliz, plena e completa desse mundo!




O dia mais especial da minha vida, merece repercussões especiais!

Estar casada


Estar casada com o Sr. Poli não foi ruim em nenhum momento. Claro, tiveram momentos difíceis, mas nada relacionado a nós dois.


As maiores dificuldades que encontrei foram conseguir deixar a casa limpa, lavar a roupa sem estragar nada (estraguei várias), passar roupa e não queimar nenhuma (não queimei a roupa, mas me queimei) ou cozinhar algo gostoso (tadinho teve que comer aquele filé a milanesa horrível, hehehe).


Mas ele me ajuda muito: lava louça, passa aspirador, varre a casa e tirando as meias sujas e as roupas jogadas pela casa, é um ótimo marido. Ainda mais bom marido porque me mima, me enche de carinho e me ama muito. Tenho certeza disso!


Nesses sete meses vivemos situações engraçadas. No começo sempre nos assustávamos com os o outro. Estávamos em um ambiente e o outro chega e tomavámos um mega susto.


Outra situação cômica foram minhas dores abdominais pós casamento, simplemente porque não tinha coragem de soltar pum na frente dele e ficava prendendo tudo. Resultado: dores fortissímas. As dores se foram, mas eu ainda não faço isso na frente dele.


Também já passamos por momentos desesperadores: quando descobri que ele estava com febre, após voltarmos de um final de semana na praia, bateu o desespero. Será que eu ia saber cuidar dele? Acordei a cada duas horas para medir a febre. Era uma indisposição alimentar e tudo ficou bem.


Outra situação assustadora foi quando acordei às 2h30 da manhã e a luz da sala (que eu tinha apagado) estava acessa. Chorando fiz ele levantar e olhar todos os cômodos. Depois abir armário, por armário, até o pequeno do banheiro. Eu tinha certeza que havia um ladrão no ap e ele estava com medo de espíritos zombeteiros…


Estar casada é mesmo encher a vida de histórias divertidas! Graças a Deus!!!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

O casal


Marcelo e eu somos um casal bonito. Ele é imensamente bonito - por dentro e por fora -, e o amor que sinto por ele, e que ele dedica a mim me fizeram bonita também, afinal, desde que o conheci, meus olhos estão sempre brilhando e meus lábios sempre sorrindo!


Começamos a namorar em 01 de janeiro de 2006, um ano após termos nos tornado melhores amigos (e eu ter me apaixonado por ele).




A história é longa e linda. Não vou relatar ela inteira aqui, mas quem conhece sabe! E cada detalhe está guardadinho na minha memória. Pra sempre! Resumindo: depois de um ano de desencontros, tristezas e outros relacionamentos, finalmente estávamos apaixonados no mesmo momento (um pelo outro, claro) e começamos a namorar.




Ele é o meu melhor amigo, o cara que tá sempre do meu lado. Com ele descobri que os opostos podem até se atrair, mas nunca ficam muito tempo juntos. Gostamos das mesmas coisas, ele me faz rir até não querer mais. Quando me abraça ou me beija é como se eu estivesse flutuando.
Decidimos casar 1 ano e 10 meses após o início do namoro. E há 7 meses estamos casados. E nunca, nem por um momento, nos arrependemos dessa decisão. O blog é de flores, porque minha vida é assim: toda florida.





Todo dia repetimos o quanto somos privilegiados. Temos uma casa linda, um amor imenso, o melhor amigo ao lado para o que der e vier, famílias que sempre nos apóiam e amigos que estão por perto nos bons e nos maus momentos. O que mais podemos querer?




Segue a foto do casal, no dia do casório: 17 de novembro de 2007.







Um pouquinho da nossa linda história…sou apaixonada por ela!

sábado, 7 de junho de 2008

Lino


- O Lino nasceu em julho de 2009 e veio morar com a gente em outubro do mesmo ano;

- É o filho mais novo. Compramos porque queríamos que ele fizesse companhia para o Théo. Hoje é o companheiro de todos;

- É dócil demais, bonzinho demais, sapeca demais (graças a ele poderei ter armários novos na cozinha, já que ele roeu todos os que eram da minha sogra);

- Até quando está doente, fazendo um raio X dolorido, ou com a minha mão enfiada na guela dele obrigando-o a engolir um remédio, está abanando o rabão dele;

- É gigante. 10 kg tá bom para um lhasa?

- Come tudo e qualquer coisa (inclusive armários de cozinha, chinelos, meias e caminhas);

- Além disso tem um hobby peculiar: arrancar tomadas dos eletrodomésticos. Já fez isso com a máquina de lavar roupa, o ventilador e uma extensão;

- Assim como o irmão, ama brincar com cenouras. Ama brincar com ossinhos. Ama brincar com higenizadores bucais e ama brincar com bolinha.

- Não vive sem o irmão. Se o separamos do Théo por algum motivo ele chora e não anda, as patas de trás ficam arriadas (amor demais não?)

- É carinhoso demais, lindo demais, grande demais, nós o amamos demais e ele completou nossa felicidade demais!

Théo Antônio


- O Théo Antônio nasceu em março de 2008 e veio morar com a gente em junho do mesmo ano;

- É o filho mais velho. E mais fresco. E mais ranzinza. E mais mal-humorado. E com mais personalidade;

- Comer, só se eu colocar fígado na ração;

- Passear? Se ele pudesse dizer: não, obrigado, diria. Como não pode, corre para debaixo da mesa de centro toda vez que ouve essa palavra;

- Mas adora ir na casa da vó, vai entender (acho que é porque para ir lá, não precisa de coleira);

- É o ranzinza da família: enquanto está o Lino, a Nina e a Lolly (as cachorras da minha mãe) brincando, ele está emburrado embaixo da mesa;

- Me acorda todo dia, exatamente às 3h da manhã, pedindo para subir na nossa cama, e deita colado no meu corpo;

- Ama brincar com cenouras. Ama brincar com ossinhos. Ama brincar com higienizadores bucais. Ama brincar com bolinha. Ama lamber a orelha do pai e odeia tomar remédio (minha mão mordida que o diga);

- É carinhoso demais, lindo demais, tem dente demais e nós o amamos demais!

sábado, 31 de maio de 2008

Tabata


- Nasci Tabata Pitol Peres em 17 de abril de 1980. Mas desde o dia 17 de novembro de 2007 sou Tabata Pitol Peres Poli com muito orgulho;

- Jornalista (porque não sei fazer outra coisa que não seja lidar com as palavras) sou apaixonada por novas mídias: blog e twitter é comigo mesma;

- Embora pós-graduada em jornalismo cultural, descobri no jornalismo financeiro uma paixão - ao perceber que posso ajudar as pessoas a lidarem melhor com seu dinheiro - mas são os temas comportamentais que mais me encantam;

- Sou louca por psicologia e estou pensando seriamente em cursar a faculdade (mas ainda tenho receio das aulas de anatomia);

- Sou mãe de dois cachorros lindos, fofos, peludos, bagunceiros que me fazem ser mais feliz; mas ainda tenho muita dúvida se quero ser mãe de bebês de verdade;

- Sou apaixonada por filmes, livros e séries. Comédias românticas, chicklits e Gilmore Girls prendem minha atenção por horas;

- Sou apaixonada pela minha casa. Ficar lá com meu marido e meus filhos é o melhor programa do mundo. Receber os amigos e os parentes para uma pizza e um bate papo, é o segundo melhor programa do mundo;

- Amo pessoas. Amo conversar com elas. Amo conhecê-las. Amo suas diferenças. Suas incongruências. Suas novidades. O jeito único que cada um tem de ver as coisas. Por isso tenho amigos que amo muito. Por isso meu marido é meu melhor amigo. E por isso quero ser amiga de vocês que leem esse blog.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

A visão do marido


A visão do marido



Casarando


Você deve estar se perguntando porque o blog se chama Casarando.


Eu explico: quando eu deixei de ser Tabata Pitol Peres, para me tornar Tabata Pitol Peres Poli,, não dava mais para chegar para, o agora meu marido Marcelo, e dizer: vamos namorar?

Por isso inventamos um verbo só nosso, o casarar. Quando queremos ficar juntinhos, trocando carinho, beijos, abraços - e outra coisitas mais -perguntamos: vamos casarar?
 

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