sexta-feira, 18 de março de 2011

História de amor tem de ser sofrida?



Esses dias, antes das 6h da manhã (como faço todos os dias), estava eu lavando a lavenderia e forrando ela de jornais para Théo e Lino fazerem suas necessidades, quando dei de cara com o Diarinho, a parte infantil do jornal Diário do Grande ABC, que trazia estampada em sua capa a manchete: "História de amor tem de ser sofrida?".

Aquilo me intrigou. Uma matéria com esse tema em um encarte destinado a crianças de no máximo 12 anos? A matéria era inspirada pelo lançamento do filme Gnomeu & Julieta que, apesar do final feliz, é inspirada em Romeu & Julieta uma história que bem sabemos, não termina lá muito bem.

A matéria não era bem o que eu imaginava (quem quiser pode lê-la AQUI), mas eu tinha acado o máximo alguém querer mostrar para as crianças que amor não precisa ser sofrido. Na minha opinião, amor, amor mesmo, não é sofrido. Eu sofri muito pelo que eu achava ser amor, sofri de ficar deitada no chão em posição fetal chorando a noite toda. Mas não era amor. Era paixão, desejo, tristeza, angustia, inveja saudade. Angustia de não se ter por perto quem se quer; tristeza de se sentir sozinha; inveja de ter uma outra recebendo os abraços, beijos e carinhos que eu queria receber, saudades dos momentos vivenciados e que não seriam repetidos, mas não amor.

Amor é doce. Amor acalma. Amor é feliz. Quando se ama alguém, mesmo que essa pessoa não esteja com você, você a quer feliz. E o sofrimento é por ela não corresponder, por não ficar perto, não por amor. Amor é algo tão bom de sentir, que eu acho que as crianças deveriam saber que histórias de amor não devem ser sofridas.

Vejo no meu facebook, meninas de 30 anos, com frases melancólicas falando que felicidade não existe, que amar é doloros e, na boa, tenho vontade de mandar umas respostas bem mal educadas. Sai dessa vida. Se o "pião" não te trata bem, manda catar coquinho. Se tá doendo, mude sua vida e busque amor verdadeiro. Ser melancólica, pessimista e se fazer de vítima não leva a nada.

Minha dinda recentemente sofreu com o fim do casamento, mas não acho que ela sofreu por amor. Inclusive eu sofri com o casamento dela. Mas sofremos porque quem um dia foi príncipe virou um sapo sem escrúpulos, sem o menor resquício do cavaleirismo, romantismo e respeitos que demonstrou anos atrás.

Claro, uma dificuldadezinha aqui, um sapatinho de cristal que não encaixa ali, são bem vindos. As vezes lembro, até com certa saudades, a vontade que Marcelo e eu tínhamos de ficar juntos, explícita nos olhos, nos passeios pela Paulista, no beijo jamais trocado porque, afinal, ele era noivo, mas não de mim. Sei que até ficar com ele de vez, sofri. Mas não foi por amor. Foi por mil outros motivos. O amor que senti por ele só me fez uma pessoa melhor, mais generosa, mais aberta a não julgar os sentimentos dos outros, mas disposta a tentar fazer com que o próximo seja feliz.

Portanto crianças, amar não é sofrer. Amar é ser feliz. Cresçam acreditando nisso. Porque após os percalços, quando o amor realmente acontece, você vai ser invadido por algo sublime. E o que nos contos de fadas é descrito como final feliz, na vida real é apenas um começo feliz.

Ah, e vejam o vídeo abaixo. É lindo ver como sofrimento não se encaixa no verdadeiro amor. E nem entre as crianças!

1 comentários:

Anônimo disse...

Mas você quando quer conquistar algum homem, luta até o fim! Você marca ele de uma forma que o mesmo não consegue escapar de suas garras! Acho que isso não é amor e sim obsessão!

 

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